sábado, 18 de maio de 2013

Retalhos de uma história: Lucy


“Da mesma época de Fifi Abdo e até considerada sua rival, foi uma dançarina extraordinária e reconhecida por seus movimentos rigorosos, bonitos e controlados e uma simpatia sem igual. Quando pequena, praticava ballet clássico, mas diz que se recorda pouco dessa fase. Inspirada em Tahia Carioca e Sämia Gamal começou a atuar como atriz, mas em suas atuações Lucy misturava passos de dança e muitos perguntavam se era uma atriz ou uma dançarina. Ela respondia que esta era uma pergunta errada, e dizia que havia algo dentro dela, que não podia ser separado. "A arte é uma totalidade, e não pode ser dividida. O artista, o ator principalmente, deve ser competente em cantar, não o tarab, que é completamente diferente, mas em cantar em ritmo, em movimento... e em dançar, se isto requerer dele", dizia Lucy. "Dançar é minha prioridade. É o que eu nasci fazendo, e logo a dança mais refinada, que e o ballet. Dançar tem que vir primeiramente, depois atuar e então cantar. Eu amo todos os três, me amo em todos os três e graças a Deus, me realizo em todos o três".
Lucy foi considerada uma alma nova em Alexandria. "A Dançarina de Dança do Ventre e Atriz de Cinema". Foi reconhecida por vários papeis importantes no cinema, e deu aulas de dança nos Estados Unidos. Lucy, hoje, dona do Cabaret Parisiana, continua com a mesma simpatia e sorriso encantando seu público eternamente.

Fontes:
* Shokry Mohamed - La Danza Mágica Del Vientre
* Merit Aton - Dança do Ventre, Dança do Coração
Extraído do site de Aysha Almeé”





quinta-feira, 2 de maio de 2013

Retalhos de uma História: Fifi Abdou










Após este longo período sem conseguir postar, estou retornando hoje com minhas pesquisas. Espero poder contribuir com o estudo de cada uma de vocês, lembrando que o material ao qual tenho acesso para escrever tais textos é o publicado em sites, blogs, livros e revistas, de tal forma que não sei se todas as fontes são confiáveis, mas são as que têm textos disponíveis. Portanto, leiamos sem tomar nada como verdades absolutas, são apenas formas de se enxergar acontecimentos e pessoas. Ao fim de cada texto continuarei indicando a bibliografia que me serviu de base. Farei o possível para conseguir manter a frequência de uma postagem quinzenal sobre este tema. Caso não consiga, lhes peço desculpas antecipadas, já que o volume de trabalho tem estado grande.Um grande abraço a cada um dos leitores e obrigada pela presença de vocês em nosso blog!

Ju Najlah









Fifi Abdou talvez tenha sido a bailarina de Dança Oriental mais polêmica. É admirada por milhões e, igualmente, odiada e considerada vulgar por outros milhões de pessoas. Tornou-se um ícone da Dança Oriental.
Nascida em 1953 com o nome de Atiyat Abdul Fattah Ibrahim, em uma família pobre, quando menina ficava em casa assistindo filmes das bailarinas Taheyya Karioca e Naima Akef, entre outras, imitando seus passos.
Determinada a se tornar bailarina, fugiu de casa aos 12 anos, com uma amiga que era artista de uma companhia de dança. Mais tarde tornou-se empregada doméstica de um músico que acabou descobrindo o seu talento e a iniciou na carreira profissional.
Sua personalidade forte, tanto no palco como nos bastidores, fizeram dela uma celebridade no Egito, a ponto de ser chamada por muitos como a quarta pirâmide do Egito. A ousadia é sua marca registrada.
Seu nome esteve envolvido em muitos escândalos. Seus controversos shows em locais cinco estrelas a fizeram  famosa, Além disso foi envolvida em muitas polêmicas, a fim de aumentar a atenção e comoção, o que deu certo. Fifi Abdou marca presença tanto nos tribunais como nos salões de baile. Como resultado, ela nunca sai sem seus guarda-costas para protegê-la contra os excessos de admiradores ou adversários. Apesar de a rede de televisão egípcia ter proibido a exibição de todos os dramas estrelados por Fifi, sua popularidade permanece inalterada.

Além de bailarina e atriz, tornou-se também uma mulher de negócios. Seu faturamento é alto, tendo sido considerada uma das mulheres mais ricas do Cairo, tendo, entre seus bens, mais de cinco mil roupas de dança do ventre. Apesar disso, nunca se esqueceu de sua origem humilde. Fifi faz doações para aproximadamente 30 famílias carentes, mas os islâmicos dizem que seu dinheiro é sujo e ilegal, que não deve servir de alimento para ninguém. Ela contesta, dizendo que seu dinheiro é bonito, porque ela o ganha graças a seu árduo trabalho. Que no meio do inverno, ela dança descalça, sobre um chão frio, enquanto mulheres de alta sociedade, vestidas em pele, assistem-na na platéia. Sua personalidade é rebelde.
Muitas mulheres a veem como uma heroína pela sua audácia em uma país onde ser mulher acarreta a vivência de muitas dificuldades, principalmente se essa mulher for também artista.
Mesmo em suas últimas produções, ela ainda encontra inspiração para acrescentar algo mais à sua performance de dança, sempre com muita criatividade.

Entre suas características marcantes está seu estilo solto e improvisado, além de causar inveja a qualquer dançarina com seu estonteante shimmy (tremor dos quadris). Em sua orquestra, o alaúde toma frente, para atuar em combinação com seus shimmies.  Ela afirma que não teve professora que a ensinasse os passos, todos surgiram de dentro dela. O seu forte é a interpretação da música, muito mais do que a utilização de sequências elaboradas. Tem controle admirável sobre seu corpo e uma presença de palco e sorriso cativantes.



Bibligrafia:
Fifi Abdou, disponível em <http://www.belly-dance.org/fifi-abdu.html>, acessado em 28 de agoto de 2012
Fifi Abdou, disponível em <http://khandara.multiply.com/journal/item/8/8?&show_interstitial=1&u=%2Fjournal%2Fitem>, acessado em 28 de agoto de 2012
MAHAILA, Brysa. Fifi Abdou, de menina baladi à rainha egícpica da dança oriental, in Shimmie, a sua revista de dança do ventre, edição 9, página 22.